A Mensagem de Jesus (Estudo Bíblico)

1. Quando Jesus começou o seu ministério, o que foi que Ele pregou? (Marcos 1:14-15). Quando enviou os seus discípulos, que foi que lhes disse para pregar? (Mat.10:7; Lucas 10:9).

Comentário: Alguns manuscritos gregos antigos de Marcos 1:14-15 dizem que Jesus pregou o reino de Deus; outros dizem que Ele pregou a boa nova de Deus. Não é necessário discutir aqui qual dos manuscritos é o melhor, mas sim discutir a versão que para a maioria de nós é a mais familiar - Jesus pregou, “O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus.”

Jesus estava, claramente, a anunciar o reino - não apenas o reino - como estando perto. É claro que Ele também falava da proximidade em termos de tempo e não de geografia. “O tempo está cumprido...” Chegou a altura para que o reino de Deus seja estabelecido. Da mesma forma, quando os discípulos pregavam que o reino estava perto, não se referiam ao rei nem a um território próximo. Anunciavam que o reino de Deus em breve chegaria. Estas sim, eram boas notícias!

Foi Jesus rei? (João 18:37). Foi Ele, todavia, como os reis deste mundo? Era suposto os seus discípulos agirem como os governantes deste mundo? (Mat.20:25-28). Devemos nós assumir que o reino de Deus é como os reinos deste mundo?

Comentário: Quando nós estamos a estudar algo tão importante como a mensagem central de Jesus Cristo, não é aconselhável fazer suposições. Os pensamentos de Deus não são como os nossos, e os seus caminhos também não são como os nossos, é necessário verificar as Escrituras para ver o que Jesus revelou acerca do reino.

Os Judeus tinham várias suposições sobre o que o Messias haveria de fazer, mas Jesus não agiu da forma que eles queriam que agisse. As suposições que tinham acerca do rei estavam erradas, assim como as suposições que tinham acerca do reino também estavam erradas.

Tal como os seus antepassados quiseram um rei como as outras nações vizinhas. (1 Samuel 8:5). Os Judeus do primeiro centenário também quiseram um reino muito parecido com os reinos deste mundo - com um líder militar que impusesse leis num território específico. Os Judeus queriam que o Messias trouxesse um reino como esse, mas Jesus trouxe algo diferente. Vamos estudar mais alguns versículos para aprendermos algo mais sobre o reino que Jesus pregou.

Disse Jesus que o reino já tinha chegado aos Judeus do primeiro século? (Mat. 12:28). Já haviam pessoas a entrar no reino de Deus? (Lucas 16:16; Mat. 21:31). Como entravam elas? (Mat. 21:31-32). É possível entrar num lugar que não exista?

Comentário: Quando Jesus pregou o reino de Deus às pessoas para acreditarem na mensagem e arrependerem-se. (Marcos 1:15). Ele criticou aqueles que não acreditaram e não se arrependeram, mas louvou as pessoas que o fizeram dizendo-lhes que estavam a entrar no reino.

Jesus referia-se a uma mudança espiritual e não geográfica. As pessoas entram no reino de Deus pela aceitação do seu governo, não pela mudança para um novo território. Entram no reino pelo arrependimento e pela fé - aceitam o seu governo nas suas vidas. Aceitam Jesus como seu rei, e Ele dirige-as. Tornam-se seus súbditos, fazendo a sua vontade. Paulo diz, claramente, que os cristãos já entraram no reino (Col. 1:13).

Jesus, o rei, já foi coroado com poder e autoridade sobre todas as coisas (Mat. 28:18). Ele já é rei. No entanto, Ele não força ninguém a fazer a sua vontade, como o fazem os reis deste mundo. Em vez disso, Ele dirige os que o aceitam, de livre vontade, como seu rei.

Falou Jesus do reino de Deus, também, como uma realidade futura? (Mat. 8:11; 13:43; Lucas 13:28). É possível que algo que exista neste momento se possa expandir e existir também no futuro?

Comentário: Jesus falou do reino como sendo ambos realidade presente e glória futura. Existindo agora como um reino espiritual -- no mundo, mas não do mundo -- o qual mais tarde expandir-se-á com poder e glória quando Jesus voltar. O reino virá então com grande poder. É certo que o poder de Deus já está presente, contudo está escondido - presente mas invisível.

O reino é tanto presente como futuro, já existente mas ainda não visível na sua totalidade. A natureza de “já / ainda não” do reino de Deus é similar a outras realidades espirituais. Nós já estamos salvos mas a totalidade da nossa salvação é ainda futura (Efésios 2:5; 1 Pedro 1:5). Já nos foi dada a vida eterna mas a sua totalidade ser-nos-á dada quando morrermos (João 3:35; Marcos 10:30). Seremos como Cristo, no entanto Cristo já está formado em nós (Filip.3:21; 2 Cor. 3:18). Viveremos com Deus para sempre, mas Ele já vive em nós (1 Tess. 4:17; 1 João 4:13). A Bíblia fala destas verdades espirituais não apenas como graças futuras, mas também como bençãos que , em parte, nós já apreciamos.

De forma similar, Jesus falou do reino como sendo ambos algo que existe neste momento e algo que existirá de forma grandiosa quando Ele voltar. Quando Ele e os seus discípulos anunciavam que o reino estava próximo, queriam dizer o espiritual, a fase invisível do reino. Para aqueles que pensavam que o reino viria, em breve, com poder e glória, Ele contou uma parábola para explicar que haveria um atraso (Lucas 19:11-27) -- mas a parábola também explica que algumas das obras do reino devem ser feitas, até mesmo, antes do aparecimento do reino na sua totalidade. Agora é a altura para acreditarmos, arrependermo-nos, sermos salvos e entrarmos no reino.

O que disse Jesus que seria pregado em todo o mundo? (Mat. 24:14). Que missão deu Ele aos seus discípulos para pregarem? (Mat. 28:19-20; Marcos 16:15-16; Lucas 24:47). Devemos concluir que pregar o reino é praticamente sinónimo de pregar fé, arrependimento, perdão e fazer discípulos?

Comentário: De acordo com Jesus, o nosso objectivo quando pregamos é fazer discípulos, e nós, fazemos isso pela pregação do arrependimento e fé, baptizando aqueles que acreditam e ensinando-lhes a obedecer o que Jesus ensinou. Para aqueles que rejeitaram Jesus como rei, o reino é uma mensagem de julgamento. Mas para aqueles que o aceitaram, são boas e maravilhosas notícias - as boas novas que nós podemos entrar no reino já! Neste momento!

Uma vez que as boas novas do reino são apenas experimentadas através da fé, arrependimento e perdão, as verdades da salvação devem ser uma parte proeminente da mensagem. Se as pessoas têm fé em Jesus Cristo e o aceitam como Senhor, entram no seu reino - mesmo que nunca tenham ouvido a palavra “reino”. O que é crucial é o seu relacionamento com Jesus Cristo. A terminologia precisa é o menos importante.

Quando pregamos as Boas Novas do reino, que devemos nós dizer a este respeito? Em estudos futuros veremos a forma como Jesus descreveu o reino, o que os apóstolos originais pregaram e o que Paulo enfatizou como sendo a parte mais importante da mensagem das Boas Novas.

Michael Morrison
“As Boas Novas do ...”

As escrituras descrevem as Boas Novas em numerosas formas. Abaixo descritas estão todas as ocorrências bíblicas da frase “ As Boas Novas do ...” e várias frases que descrevem o que as Boas Novas contêm. Qual é a descrição mais comum das Boas Novas?

Mateus 4:23; 9:35; 24:14
Marcos 1:1, 14
Lucas 2:10; 4:43; 8:1; 16;16
Actos 5:42; 8:12, 35; 10:36; 11:20; 13:32; 17:18; 20:24
Rom. 1:1, 9; 2:16; 15:16, 19; 16:25
1 Cor. 9:12; 15:1-5
2 Cor. 2: 12; 4:3-4; 9:13; 10:14; 11:7
Gal. 1:7, 16, 23
Efé. 1:13; 2:17; 3:8; 6:15
Filp.1:27
1 Tess.1:5; 2:2, 8-9; 3:2, 6
2 Tess. 1:8; 2:14
1 Tim. 1:11
2 Tim. 2:8
1 Pedro 4:17
Pregar sobre o quê?

Sobre o que é que era suposto que os apóstolos pregassem? A resposta pode ser encontrada vendo as escrituras que empregam as palavras gregas para “pregar”:

2 Tim. 4:2
Mat. 3:1; 4:17,23; 9:35; 10:7; 24:14; 26:1
Marcos 1:4, 7, 14; 5:20; 6:12; 13:10; 14:9; 16:15
Lucas 3:3; 4:18-19, 43; 8:1, 39; 9:2; 16:16; 24:47
Actos 5:42; 8:5, 12, 35; 9:20; 10:36, 42; 11:20; 17:18; 19:13; 20:25; 28:31
Rom. 10:8, 14
1 Cor. 1:23; 2:2; 15:11-12
2 Cor. 1:19; 4:5; 11:4
Gal. 1:16, 23; 2:2
Efé. 2:17; 3:8
Filip. 1:15
Col. 1:22-23
1 Tess. 2:9
1 Tim. 3:16

Estas escrituras tornam claro que as boas novas podem ser descritas em diversas formas - a mensagem sobre o reino, sobre Jesus Cristo, perdão, reconciliação, salvação ou paz. A descrição bíblica mais comum é sobre as boas novas de Jesus Cristo.

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